O protocolo de quarentena domiciliar tem preocupado moradores de condomínios, que temem a propagação do vírus devido ao compartilhamento de áreas comuns. O isolamento dura, por padrão, 14 dias, tempo médio de incubação do novo coronavírus. Nesse ínterim, o paciente deve ser monitorado constantemente por seu médico, que ao observar qualquer alteração ou piora no quadro clínico deve encaminhá-lo ao hospital.
Para manter a privacidade, uma pessoa infectada não tem obrigação de expor a sua condição para vizinhos. Caso o paciente opte por contar ao síndico do condomínio, o gestor pode informar aos demais moradores sobre o morador infectado, porém não deve divulgar a identidade da pessoa, para evitar estigmas e preconceitos. Por exemplo, no início da divulgação do surto do novo coronavírus, alguns prédios em São Paulo chegaram a proibir a circulação de asiáticos em elevadores sociais e determinaram que espaços de lazer estavam proibidos de serem utilizados. Ou seja, foram ações propagadas por desinformação e preconceito, que não contribuíram para a efetiva conscientização e prevenção.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não é possível afirmar quanto tempo o Covid-19 pode sobreviver em ambientes externos. Estudos iniciais apontam que o vírus pode sobreviver por horas ou até mesmo dias, a depender das condições de clima, temperatura e umidade do local. Dessa forma, o síndico deve adotar medidas para promover a higienização das áreas comuns, em que a circulação é frequente, para evitar a propagação do vírus no condomínio.
Medidas que devem ser adotadas em condomínios
Uma outra forma de contágio acontece através do contato com superfícies contaminadas por gotículas que ficam depositadas em áreas de contato, como maçaneta, corrimão e painel do elevador. Por isso, boas práticas de higiene são essenciais para diminuir o risco de transmissão do Covid-19.
Primeiramente, é preciso orientar quantos às formas de transmissão e prevenção. Assim, é aconselhável que cartazes informativos sejam colocados em áreas de acesso e circulação. Desse modo, pessoas que circularem nas dependências do condomínio ficarão mais atentas quanto às medidas de higiene.
Em condomínios, locais de maior risco de infecção são aqueles que apresentam aglomeração de pessoas, como hall de entrada, áreas de convivência e elevadores. Assim, recomenda-se que as áreas de contato desses espaços sejam limpas frequentemente com água e sabão, álcool 70%, alvejante ou desinfetantes.
Devem ser instalados tubos de álcool em gel no hall de entrada e nos elevadores da garagem e térreo, para estimular os moradores e funcionários a higienizar as mãos ao passarem por esses locais. Bem como, todos os banheiros das áreas comuns precisam sempre disponibilizar água e sabão, pois a higienização das mãos é importante não só para evitar a disseminação do coronavírus, bem como de outras doenças infectocontagiosas.
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